Fuente info RISW
22 de julho de 2010 - 21h51
Muitos sentiram o gosto, mas deu Celfim Capital
Ninguém conseguiu disparar, e a troca de posições, tanto na liderança quanto atrás da flotilha foi intensa
São recorrentes as comparações entre o mundo da Fórmula 1 e o da vela profissional. Em ambos estão presentes tecnologia, competitividade, preparação intensa e entrosamento de equipe. E a sexta regata da classe S40 na 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week, ocorrida nesta quinta-feira, se assemelhou muito a uma prova automobilística.
Debaixo de muito sol e vento fraco, a largada foi equilibrada, com as embarcações adotando a mesma tática para a primeira perna da regata. O argentino Mercenario 5 alcançou a primeira boia na frente, seguido de perto por seu conterrâneo Patagonia. Carioca, Celfim Capital e Gol/Mitsubishi rondaram logo em seguida.
Porém, com barcos idênticos, ninguém conseguiu disparar, e a troca de posições, tanto na liderança quanto atrás da flotilha foi intensa. O Pajero, por exemplo, fez uma boa largada, perdeu rendimento, chegou a navegar em último, mas conseguiu se recuperar a tempo de fechar a regata em quinto lugar.
Na passagem da segunda boia, o Carioca era o líder do momento. O barco brasileiro vinha praticamente junto do argentino Patagonia. Com espaço mínimo para a passagem dos dois, o Patagonia acabou tocando a boia e teve de cumprir a punição de girar 360º sobre seu próprio eixo. Com todos os barcos da flotilha tão próximos, este erro foi fatal para o barco de Norberto Vitale, que, de segundo, caiu para a nona e última colocação.
Beneficiaram-se o Gol/Mitsubishi, de Torben Grael, o uruguaio Negra, de Juan Ball, e o chileno Celfin, com Lars Grael como tático. Eles passaram a segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente.
Nessas posições eles iniciaram a última perna da regata, o que indicava a provável ordem final de chegada. Indicava, mas não se confirmou. O responsável por isso foi Lars Grael. O tático do Celfin optou por arriscar e fazer a volta mais por terra, diferenciando-se dos demais. Opção mais que correta, que fez o barco chileno saltar de quarto colocado para a liderança, posição que manteve até o final da regata.
Jorge Grez, comandante da embarcação vencedora, definiu assim a participação do brasileiro em sua tripulação: “Contar com Lars é um privilégio. Em barcos idênticos, o tático faz a diferença. E Lars é diferenciado”, elogiou. Grez, que já garantiu presença na 38ª Rolex Ilhabela Sailing Week, também elogiou sua tripulação, de maioria chilena: “São velejadores experientes, entrosados e que vêm de campanhas boas. O novato aqui sou eu”, brincou.
O Negra terminou a regata na segunda colocação, também ganhando uma posição na última parte da prova. Em terceiro chegou o Magia 5 (Gol/Mitsubishi), com Torben, Andréia e Marco Grael a bordo. Eles haviam vencido a do dia regata anterior e se mantêm em segundo lugar no geral.
Em quinto na regata, o Pajero de Eduardo Souza Ramos segue líder no geral, bem à frente dos seus concorrentes. Segundo o comandante, isso pode ser “uma gentileza dos outros S40 que convidamos para a Rolex Ilhabela Sailing Week”. Ele se referia, com humor, aos novos cinco barcos do modelo presentes na competição deste ano.
De qualquer modo, antes de ser uma “gentileza” dos demais, o que vale a liderança do Pajero é seu rendimento surpreendente nas primeiras regatas: das quatro primeiras, venceu três e foi segundo em outra.
Para as duas últimas regatas, Souza Ramos não pensa em navegar considerando a vantagem: “Temos de velejar para a frente, para ganhar”, avisou.
No geral, a classificação da classe S40 está assim:
1º Pajero, com 9 pontos perdidos (PP);
2º Gol/Mitsubishi Magia 5, com 15PP;
3º Negra, com 16PP.
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22 de julho de 2010 - 19h34
Líderes seguem sem alteração na RGS
As regatas realizadas nesta quinta-feira não alteraram a classificação das classes RGS
As regatas realizadas nesta quinta-feira não alteraram a classificação das classes RGS. O Cinco Los Niños, de Osvaldo Ceccon, segue líder na RGS-A, após um segundo e um primeiro lugar. Na RGS-B, o Moleque, de Marcelo Gusmão, aumentou sua vantagem, pois venceu a única regata do dia.
O mesmo aconteceu com o Zephyrus/Tempo, de Tarcísio Mattos, que ficou em segundo na regata desta quinta, atrás do Xiliki, mas ainda segue líder. Na RGS-Cruiser, o Apoena, de Marcos Oliveira Cesar, ficou em quinto, viu o Cocoon diminuir a diferença, mas manteve a ponta.
Resultados desta quinta-feira:
BRA-RGS A< />
Quinta regata
1- Jazz (Valéria Ravani)
2- Cinco los Niños (Osvaldo Ceccon)
3- Kybyxu (Carlos de Oliveira Freitas)
Sexta regata
1- Cinco los Niños (Osvaldo Ceccon)
2- Jyllic II (Martin Bonato)
3- Kybyxu (Carlos de Oliveira Freitas)
Acumulado - após seis regatas, com 1 descarte
1- Cinco los Niños (Osvaldo Ceccon) - 6 (3+1+1+1+2+1)
2- Jazz (Valéria Ravani) - 13 (2+4+4+2+1+5)
3- Jyllic II (Martim Bonato) - 16 (4+3+3+4+4+2)
4- Fram (Felipe Aidar) - 18 (5+2+2+6+5+4)
5- Inaê/Transbrasa (Bayard Umbuzeiro Filho) - 22 (1+7+5+3+6+7)
BRA-RGS B - quinta regata
1- Moleque (Marcelo Gusmão)
2- Albatroz (Marinha do Brasil)
3- Blue Too/Lalampe (Pedro Rodrigues)
Acumulado - após cinco regatas, com 1 descarte
1- Moleque (Marcelo Gusmão) - 6 (3+1+4+1+1)
2- Blue Too/Lalampe (Pedro Rodrigues) - 10 (2+6+3+2+3)
3- Albatroz (Marinha do Brasil) - 12 (7+3+1+6+2)
BRA-RGS C - quinta regata
1- Xiliqui (Renato Michel Bosso)
2- Zephyrus/Tempo (Tarcísio Mattos)
3- Icthus (Enio Silvano Ferreira Jr.)
Acumulado - após cinco regatas
1- Zephyrus/Tempo (Tarcísio Mattos) - 5 (1+2+1+1+2)
2- Xiliqui (Renato Michel Bosso) - 9 (3+3+3+2+1)
3- Nemo (Mauro Ribeiro) - 14 (5+6+2+3+4)
BRA-RGS Cruiser - quinta regata
1- Navegador (Pedro Luiz Lanzoni)
2- Coccon (Luiz Marcelo Caggiano)
3- Geronimo (Mauro Diomelli)
Acumulado - após cinco regatas
1- Apoena (Marcos de Oliveira Cesar) - 5 (1+1+1+2+5)
2- Coccon (Luiz Marcelo Caggiano) - 7 (4+2+2+1+2)
3- Geronimo (Mauro Diomelli) - 12 (3+3+3+3+3)
Resultados completos click acá
