Juanpa Cadario: Semana de Ilhabela, primeros dos barlo-sota

Semana de Ilhabela, primeros dos barlo-sota









Fuente info RISW

20 de julho de 2010 - 21h33
Gol / Touché Super assume a liderança da ORCi 500

Barco comandado por Ernesto Breda soma 5 pontos perdidos em três regatas disputadas. Pajero continua na frente na S40

O veleiro Gol/Touché Super, comandado por Ernesto Breda, assumiu a liderança da Classe ORC Internacional 500 da 37ª Rolex Ilhabela Sailing Week, após obter bons resultados nas duas regatas desta terça-feira. O B&C 46 pés venceu a primeira regata e terminou em segundo lugar na outra, numa prova de grande recuperação.

"Fizemos uma primeira regata excelente e sabíamos que a vitória era bem provável. Na segunda, porém, largamos presos na Comissão de Regatas e precisamos lutar muito para salvar a prova. Fiquei feliz com o rendimento do barco e da tripulação", comentou Breda, que este ano ganhou a Semana de Vela da Ilha de Santa Catarina e a regata Buenos Aires-Punta del Este do Circuito Atlântico Sul Rolex Cup.
Neptunus Express, de André Mirsky, está em segundo lugar, com 9 pontos perdidos. "Estamos surpresos com a boa campanha, porque preparamos o barco para ser fita azul e não brigar pelo campeonato", disse Mirsky, comandante do Botin & Carkeek de 48 pés.

O Loyal/Carmim, de Marcelo Massa, atual campeão da ORC Internacional geral da Rolex Ilhabela Sailing Week, venceu a terceira regata, depois de conseguir dois quinto lugares. "Finalmente acertamos a largada e a velejada. Temos de ter paciência porque temos muita competição ainda pela frente", disse o comandante, animado, com a recuperação da confiança da tripulação do Judel Vrolic 47 pés.

Na ORC Internacional 600, a grande novidade este ano é a participação do San Chico 2, um Trip 33 de Porto Alegre, que pela primeira vez compete na Rolex Ilhabela Sailing Week. Campeão da ORC Internacional geral da Búzios Sailing Week, quando venceu o favorito Gol/Touché Super, o veleiro gaúcho ocupa a quarta colocação no geral, com 13 pontos perdidos.

A liderança da classe é do Beneteau 40.7 Ventaneiro, de Renato Cunha, que luta pelo tricampeonato da ORCi 600. "Estamos trabalhando duro para alcançar o objetivo difícil. A Rolex está bastante equilibrada", observou. Zeus, de Inacio Vandressen, está em segundo lugar, seguido de JCabot Mad Max, da Argentina, em terceiro.

Com uma regata no dia, o barco Viscaya, de Guilherme Bungner, é o novo líder da ORC Club 600, superando o argentino Matrero, de Toríbio Achaval, que agora está em segundo lugar. Na ORC 670, Katana, de Fabio Filippon, manteve o primeiro lugar. Já na ORC 700, o primeiro colocado é Angela VI, de Renato Plass.

Pajero lidera S40 - Pajero, de Eduardo Souza Ramos, manteve o bom desempenho da estreia quando foi o fita azul da Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste - Marinha do Brasil. Nesta terça-feira, o barco obteve um segundo e um primeiro lugares, somando 4 pontos perdidos. "Adorei o rendimento e torço para continuar assim. Mas tenho consciência de que faltam muitas regatas ainda. Os barcos são totalmente iguais e a situação pode mudar de repente. Por isso, a concentração de todos é muito importante."

O uruguaio Negra, de Juan Ball, é o segundo colocado, com 9 pp, seguido do argentino Cusi 5, de Jose Estevez, campeão do ano passado, com 12. O chileno Celfin Capital, do tático Lars Grael, está em sexto, atrás de Mercenário 5, de Luís Silva, e de Mitsubishi/Gol, de Torben Grael. "Estamos velejando bem acima das expectativas, principalmente por ser uma equipe estreante na classe", lembrou Lars. "Temos 9 pontos de vantagem sobre o sétimo colocado e isso é muito bom", concluiu, referindo-se ao Carioca, de Roberto Martins.

Artemis assume primeiro lugar no HPE25 - O veleiro Artemis, de Felipe Whitaker, venceu a segunda regata da classe - a única disputada nesta terça - e assumiu a liderança da HPE25. "Estamos muito bem. Ficamos em segundo na regata de estréia e tudo está dando muito certo", comemorou Whitaker.

O veleiro Max, de Anderson Biason, assumiu a segunda colocação, enquanto Bixiga, de Rafael Valdivia, que liderava, ocupa agora o terceiro lugar.

Kanibal perde leme e é resgatado - Na RGS-B, o veleiro Kanibal, do comandante Walter Becker, teve sua participação precocemente encerrada na competição. A dura condição do mar, no domingo, provocou a quebra do leme, ainda em Alcatrazes, impedindo a tripulação de continuar sua participação no evento. O Kanibal permaneceu à deriva por duas horas, até que o veleiro Boccalupo, da RGS-Cruiser, do comandante Claudio Melaragno, iniciou os primeiros resgates de apoio.

"O comandante do Boccalupo, Claudio Melaragno, demonstrou uma enorme presteza e marinharia nas manobras de resgate", destacou Walter Becker. Por causa do apoio prestado ao Kanibal, o veleiro Boccalupo não completou a prova, sendo deferida a reparação na pontuação desta regata.

A tripulação do Kanibal foi resgatada pela Marinha do Brasil e chegou ao píer do Yacht Club de Ilhabela, às 7 horas de segunda-feira. Nesta terça-feira, Becker realizou os procedimentos para levar o barco de volta ao Iate Clube de Santos para fazer os reparos necessários. "Queremos voltar às competições de vela oceânica o mais rapidamente possível", disse o novo presidente da Associação Brasileira da Classe BRA-RGS.

Ao contrário dos dias anteriores, Ilhabela teve uma terça-feira de sol e calor. As regatas começaram com ventos de 12 nós de velocidade e foram diminuindo no decorrer na competição, o que forçou o cancelamento da segunda regata do dia de algumas classes. Na quarta-feira a programação prevê a realização de duas regatas barla-sota, na Ponta das Canas, no norte da ilha, a partir do meio-dia

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